Exame - MERCURIO UFJT

MERCURIO UFJT

Exame

AMOSTRA
Urina de final de jornada de trabalho, colhida frasco limpo e seco, sem conservante. 50 ml.
 
VOLUME RECOMENDÁVEL
-2,0mL.Urina recente.
 
ATENDIMENTO
Em todas as unidades. Sem restrições.
 
PREPARO DO PACIENTE
- Jejum não obrigatório.
- Informar se o cliente é exposto ocupacionalmente.
- Informar se houve exposição acidental.
- Informar tipo de urina coletada (início ou final de jornada).
 
INSTRUÇÕES
- Lavar as mãos antes de colher.
- Colher urina após retenção urinária de 4 horas.
- Fazer higiene da genitália com água e sabão, secar, desprezar o 1º jato de urina, coletar o jato médio.
- Entregar a urina no laboratório até 2 horas após a coleta.
- Não colher em local de trabalho.
- Retirar o uniforme antes de iniciar a coleta.
- Recomenda-se iniciar a monitorização após 12 meses de exposição.
 
INTERFERENTES
- O uso recente de dipirona pode interferir nos níveis de creatinina dosada pelo método Enzimático
.
COLETA
Colher urina diretamente no frasco. Manter a amostra em temperatura ambiente e ao abrigo da luz. No laboratório a amostra será refrigerada até a realização do exame.
 
COLETA APOIO
- Acidificar com ácido nítrico (HNO3) 6N, 1mL de ácido para cada 100 mL de urina, observando o pH ideal (4,0 a 4, 5).
- Pode-se utilizar outro ácido concentrado para acidificar, desde que seja alcançado o pH ideal.
- Enviar material em tubo de transporte sob refrigeração.
 
MÉTODO
ESPECTROFOTOMETRIA DE ABSORÇÃO ATÔMICA POR ANALISADOR DIRETO
           DE MERCÚRIO - Método in house
 
 
VALOR REFERENCIAL
ATÉ 5,0 mcg⁄g creatinina (NR-7, Ministério do Trabalho⁄Brasil)
     IBMP*: 35,0 mcg⁄g creatinina (NR-7, Ministério do Trabalho⁄Brasil)
 
NOTA:
    *IBMP (Índice Biológico Máximo Permitido): é o valor máximo  do  indicador
     biológico para o qual se supõe que a maioria das pessoas ocupacionalmente
     expostas não corre risco de dano à  saúde. A  ultrapassagem  deste  valor
     significa exposição excessiva.
 
INTERPRETAÇÃO
 
O mercúrio é um metal de elevada toxicidade. Penetra no organismo através de diferentes vias podendo causar toxicidade sistêmica ou lesões locais da pele e mucosas, dependendo de sua forma de apresentação. A exposição humana ao mercúrio e seus compostos ocorrem pela ingestão de água e alimentos contaminados, principalmente peixes contendo organomercurais, como o metilmercúrio, resultante das diversas transformações ambientais do mercúrio metálico, com posterior incorporação e acúmulo na cadeia alimentar. A inalação representa a principal via de absorção nas exposições ocupacionais sendo que seu acúmulo ocorre no SNC, rins, fígado, pulmão, coração, baço e intestino. Nas exposições acidentais ocorre bronquite erosiva e pneumonite intersticial, tremores e aumento da excitablidade no SNC. A intoxicação crônica é caracterizada por vômitos, diarréias, ansiedade, perda de peso e tremores. São excretados principalmente pelas fezes (por secreção biliar e por esfoliação das células do intestino grosso) e, em menores proporções, pela urina, saliva, suor e leite materno.