MYCOPLASMA HOMINIS CULTURA
Exame
EXAME [MNEMÔNICO]MATERIAL [MNEMÔNICO]
MYCOPLASMA - CULTURA [CT-MP]DIVERSOS [DIV]
MATERIAISCONSERVANTES
DIVERSOSDULBECCOS
AMOSTRA
- Secreção uretral.
- Secreção vaginal.
- Swab endocervical.
- Esperma.
- Urina de 1º jato.
ATENDIMENTO
Sem restrições.
VOLUME RECOMENDÁVEL
- Urina 1º jato: Sedimento urinário inoculado no meio UTM ou A3. Centrifugar 10 mL do volume coletado da urina para obtenção do sedimento, conforme detalhado no item Coleta.
- Demais amostras: 01 tubo de meio UTM ou A3 inoculado com a amostra biológica.
PREPARO DO PACIENTE
Jejum não obrigatório.
COLETA
Secreção uretral: Colher pela manhã antes de urinar ou após 4 horas de retenção urinária. Remover o excesso de secreção com uma gaze e introduzir um swab fino ou uma escovinha de coleta e fazer movimentos circulares para extrair células do epitélio mucoso. Transferir a amostra para o meio de transporte Dulbecco's e enviar ao laboratório. Manter sob refrigeração até a realização do exame.
Secreção endocervical: A paciente não deve estar usando cremes ou óvulos vaginais e nem estar menstruada. Remover o excesso de secreção com uma gaze e introduzir uma escovinha de coleta ginecológica e fazer movimentos circulares para extrair células do epitélio mucoso. Transferir a amostra para o meio de transporte Dulbecco's e enviar ao laboratório. Manter sob refrigeração até a realização do exame.
Secreção vaginal: A paciente não deve estar usando cremes ou óvulos vaginais e nem estar menstruada. Remover o excesso de secreção com uma gaze e colher a amostra esfregando o swab contra a parede do fundo de saco vaginal. Transferir a amostra para o meio de transporte Dulbecco's e enviar ao laboratório. Manter sob refrigeração até a realização do exame.
Secreção prostática: Amostra colhida pelo médico assistente. Na seção técnica, transferir cerca de 0,1 a 0,5 ml para o meio de transporte Dulbecco's e manter sob refrigeração até a realização do exame.
Esperma: Amostra colhida pelo paciente em frasco estéril fornecido pelo laboratório. Não necessita abstinência sexual. Na seção téncnica, transferir cerca de 0,1 a 0,5 ml para o meio de transporte Dulbecco's e manter sob refrigeração até a realização do exame.
Urina de primeiro jato: 20 ml. Amostra colhida pelo paciente em frasco estéril fornecido pelo laboratório. Na seção téncnica, centrifugar a urina, desprezar o sobrendante, transferir o sedimento para o meio de transporte Dulbecco's e manter sob refrigeração até a realização do exame.
Líquidos biológicos: Colher a amostra em frasco estéril fornecido pelo laboratório. Na seção téncnica, centrifugar, desprezar o sobrendante, transferir o sedimento para o meio de transporte Dulbecco's e manter sob refrigeração até a realização do exame.
QUESTIONÁRIO
- Informar uso de antibióticos e medicações tópicas.
- Lojas HP: Preencher questionário para secreções.
INTERFERENTES
- Uso de antimicrobianos ou medicamentos tópicos, ducha vaginal ou relação sexual nas últimas 24h que antecedem o exame.
COLETA APOIO
. A sensibilidade da amostra coletada na uretra é bem maior que a sensibilidade do 1º jato de urina.
. O meio UTM antes da coleta deve ficar armazenado entre 2 e 25ºC, não devendo ultrapassar a temperatura de 25ºC.
. Após a coleta o meio utilizado deve ser congelado imediatamente e encaminhado para o HP nestas condições.
- O Mycoplasma possui uma forte afinidade pelas membranas mucosas, por isso é importante retirar o excesso de secreção, obtendo também células.
- Nos casos de pedidos com solicitações de vários exames, recomendamos colher primeiro os exames direto a fresco, Gram, cultura bacteriológica, etc; deixando a coleta do Mycoplasma⁄Ureaplasma para ser colhida no final, juntamente com a coleta de Gonococos e Clamídia. Preferencialmente, seguir esta ordem de coleta.
- Secreção vaginal, em pacientes não virgens: Passar o espéculo vaginal, tirar todo o excesso de secreção com gaze estéril e colher a amostra esfregando o swab contra a parede do fundo de saco vaginal.
- Secreção endocervical: Antes de se inserir o espéculo, certificar-se de que a paciente não é virgem ou de que não está grávida. Passar o espéculo, tirar todo o excesso de secreção do canal cervical com gaze estéril e colher a amostra esfregando o swab na endocérvice.
- Urina de 1º jato: Fazer higienização adequada e colher o primeiro jato da urina (no máximo 20 mL da primeira porção de urina eliminada). Centrifugar a urina em rotação habitual, desprezar o sobrenadante e transferir todo o sedimento para o meio de transporte UTM ou A3 (rosa).
- Esperma: semear 0,1 mL em meio UTM ou A3.
Obs.: No caso de urina e esperma coletados em casa, encaminhar a amostra ao laboratório em no máximo 2 horas após a coleta para inoculação no meio UTM ou A3 e encaminhamento ao setor técnico.
CONSERVAÇÃO APOIO
- Amostra em meio A3 ou UTM: congelado, até 3 dias após a coleta.
- Urina e esperma coletados em casa devem ser inoculados no meio UTM ou A3 em no máximo 2h após a coleta. Congelar imediatamente após a inoculação no meio e encaminhar.
CRITÉRIOS DE REJEIÇÃO
- Contaminação da amostra.
- Amostra enviada fora do meio de transporte adequado.
- Amostras não conservadas adequadamente.
COMENTÁRIOS
Os micoplasmas são os menores organismos de vida livre conhecidos. Trata-se de uma bactéria sem parede celular, não sendo susceptível a antibióticos beta-lactâmicos e não se corando ao gram. Sua cultura está indicada no diagnóstico de uretrite não-gonocócica, pielonefrite, doença inflamatória pélvica e febre puerperal.
MÉTODO
ISOLAMENTO EM MEIO DE CULTURA
VALOR REFERENCIAL
NEGATIVO OU CONCENTRAÇÃO MENOR QUE 1.000 UFC⁄mL.
NOTA:
- São significativas concentrações iguais ou maiores do que
1.000 UFC⁄mL, sendo exceções casos selecionados a critério
médico.
INTERPRETÇÃO
Exame útil no diagnóstico de infecções pelo Mycoplasma hominis. Os micoplasmas são os menores organimos de vida livre conhecidos. Trata-se de uma bactéria sem parede celular que não se cora pelo Gram e não responde ao tratamento com antibióticos beta-lactâmicos. Sua cultura está indicada no diagnóstico de uretrites não-gonocócicas, pielonefrite, doença inflamatória pélvica e febre puerperal. O Mycoplasma hominis pode fazer parte da microbiota genital normal de homens e mulheres. Entretanto, quando presente em quantidade superior a 1.000 UFC⁄mL pode causar infecções clinicamente significativas.