COLESTEROL TOTAL E FRACOES
Exame
AMOSTRA
Soro. 1,0 ml.
ATENDIMENTO
Em todas as unidades. Sem restrições. Anotar medicamentos em uso, histórico de ingestão de bebidas alcoólicas e horário da última refeição. Este perfil é composto pelos seguintes exames: Colesterol total, Colesterol-HDL, Colesterol-LDL, Colesterol-VLDL e Triglicérides.
PREPARO DO PACIENTE
Jejum de 8 a 14 horas. Fazer abstinência alcoólica de peno menos 24 horas. Para crianças pequenas que ainda estão em aleitamento materno ou usando mamadeira o tempo de jejum pode ser reduzido para 4 horas.
COLETA
Colher 5,0 ml de sangue em tubo a vácuo com gel separador. Tampa amarela.
MÉTODO
Enzimático.
VALORES REFERENCIAIS
Aspecto do soro: Límpido
Colesterol Total: < 200 mg⁄dL
Colesterol-HDL: > 35 mg⁄dL
Colesterol-LDL: < 130 mg⁄dL
Colesterol-VLDL: < 40 mg⁄dL
Triglicérides: < 200 mg⁄dL
INTERPRETAÇÃO
A determinação dos níveis lipídicos é útil na avaliação do risco de desenvolvimento de doença cardíaca coronariana (DCC) e no diagnóstico e monitoramento de tratamento das dislipidemias. O colesterol existente no organismo é uriundo da alimentação e da síntese interna por transformação de outras moléculas. A regulação dos estoques corpóreos depende de mecanismos metabólicos e ingestão. No corpo, cerca de 70% do colesterol está imobilizado em estoques teciduais na pele, tecido adiposo e células musculares e o restante forma um contingente móvel circulante no sangue, entre fígado e tecidos. Na circulação sanguínea cerca de dois terços do colesterol está ligado a lipoproteínas (HDL, LDL e VLDL), e um terço está na na forma livre. Colesterol superior a 200 mg⁄dL é um fator de risco independente para doença cardíaca coronariana futura. Entretanto, o colesterol não é o único fator de risco para a doença. Outras variáveis tais como sexo, idade, tabagismo, história familiar, níveis baixos de colesterol HDL, obesidade, diabetes mellitus e inflamação crônica da parede dos vasos são fatores de risco associados. Indivíduos com idade mais avançada devem ser avaliados com critérios mais flexíveis. Valores aumentados de colesterol são encontrados em: hipercolesterolemia idiopática, hiperlipoproteinemias, obstrução biliar, doença de von Gierke, hipotireoidismo, nefrose, doença pancreática, gravidez, uso de medicamentos (esteróides, hormônios, diuréticos e outros) e jejum muito prolongado que induza à cetose. Valores diminuídos são encontrados em: hepatopatias, anemias crônicas, desnutrição, hipertireoidismo, doenças mieloproliferativas, doença de Tangier, processos inflamatórios crônicos, hipobetalipoproteinemia, abetalipoproteinemia e uso de medicamentos (corticosteroides, alopurinol, tetraciclina, eritromicina, isoniazida, inibidores da MAO, androgênios, cloropropramida, climifeno, fenformin, clofibrato, azatioprina, kanamicina, neomicina, estrogênios orais, colestiramina, agentes hipocolesterolemiantes como lovastatinas, sinvastatinas, pravastatinas, atorvastatinas e similares).
Existem grandes variações biológicas nas dosagens de triglicérides, principalmente em decorrência de variáveis pré-analíticas, tornando difícil a comparação interlaboratorial de resultados. A composição da dieta, a prática de atividades físicas e o uso de bebidas alcoólicas são as causas mais freqüentes de variações nos níveis de triglicérides. É importante que o raciocínio clínico não se baseie apenas em dosagens isoladas.
Existem grandes variações biológicas nas dosagens de triglicérides, principalmente em decorrência de variáveis pré-analíticas, tornando difícil a comparação interlaboratorial de resultados. A composição da dieta, a prática de atividades físicas e o uso de bebidas alcoólicas são as causas mais freqüentes de variações nos níveis de triglicérides. É importante que o raciocínio clínico não se baseie apenas em dosagens isoladas.