TROMBOFILIAS, DIAGNOSTICO MOLECULAR
Exame
1. Teste da Mutação G1691A no gene do fator V, que origina o FATOR V LEIDEN, resistente à clivagem pela proteína C ativada. Esta mutação em homozigotos aumenta o risco de trombose venosa 80 vezes. Em heterozigotos aumenta o risco 8 vezes. O uso de contraceptivos orais e as gravidezes aumentam estes riscos consideravelmente.
2. Teste da Mutação G20210A no gene da PROTROMBINA. Está associada a altas concentrações de protrombina no plasma. Indivíduos heterozigotos para esta mutação tem um risco 6 vezes aumentando de sofrer uma trombose venosa. O risco também é consideravelmente aumentando pelo uso de contraceptivos orais e na gravidez.
3. Teste da Mutação C677T no gene da enzima METILENO-TETRAHIDROFOLATO REDUTASE (MTHFR). Na forma homozigótica, esta mutação está associada à elevação dos níveis de homocisteína no plasma e a um risco 5-6 vezes aumentando de trombose venosa. Alguns estudos tem também indicado um risco aumentando para tromboses arteriais. Os níveis elevados de homocisteína podem ser corrigidos pela ingestão de folato. Em heterozigotos não há aumento do risco de trombose.
Devido à grande prevalência da mutação Fator V Leiden na população em geral, a sua combinação com outras anomalias genéticas é bastante frequente. Em famílias com trombofilia encontraram-se casos de associações com deficiências de anitrombina III, proteína C, e proteína S. Podem ser encontradas também associações com as mutações no gene da protrombina e da homocisteina. A descrição dos numerosos casos de associação de fatores genéticos veio corroborar o conceito de que a trombose é uma doença de origem multigênica.