Hemograma Completo

Sangue com anticoagulante EDTA. 5,0 ml.

 

Em todas as unidades. Sem restrições.

 

Jejum não obrigatório.

 

Colher 5,0 ml de sangue em tubo a vácuo com anticoagulante EDTA, rolha roxa. Em crianças pode ser utilizada microcoleta em tubo Microtainer.

 

Contagens eletrônicas automatizadas.

 

 

Eritrócitos     :   4,0 - 5,0 tera⁄L Mulher

                    :  4,5 - 6,0 tera⁄L Homem

Hemoglobina :  12,0 -16,0 g⁄dL Mulher

                    : 14,0 - 18,0 g⁄dL Homem

Hematócrito  :   36,0 -  45,0 % Mulher

                   : 41,0 - 50,0 % Homem

VCM            :   80,0 - 100,0   fL

HCM            :   26,0 -  32,0   pg

CHCM          :   32,0 -  36,0   %

RDW            :   11,6 -  14,8   %

 

Leucócitos totais: 3.500 - 11.000   ⁄µL

Neutrófilos

Promielócitos   :  0 - 0⁄µL

Mielócitos        :  0 - 0⁄µL

Metamielócitos :  0 - 0⁄µL

Bastonetes       : 0 -  500⁄µL

Segmentados    : 1.500 - 7.000⁄µL

Linfócitos          : 800 - 4.000⁄µL

Monócitos         : 100 - 1.000⁄µL

Eosinófilos        :  35 -  500⁄µL

Basófilos           :  0 - 100⁄µL

Blastos             :  0 -  0⁄µL

 

PLAQUETAS    : 150.000 - 500.000 ⁄uL

Plaquetócrito: 0,100 - 0,500%.

Volume plaquetário médio: 6,00 - 10,00 fL.

PDW (Indice de anisocitose plaquetária): 10,00 - 18,00%.

 

O HMG, ou hemograma completo, é um dos exames mais utilizados na prática médica. Embora não seja um teste específico para nenhuma enfermidade, pode ser útil na avaliação inicial do paciente, permitindo separar os indivíduos saudávies daqueles com algum indício de doença. É utilizado na avaliação clínica geral, no diagnóstico de anemias, policitemias, aplasias medulares, processos infecciosos, leucemias, trombocitopenias e trombocitose. No hemograma são avaliadas as três séries celulares componentes do sangue: eritrócitos, leucócitos e plaquetas. O é subdivido em três partes: eritrograma, leucograma e plaquetograma.

 

No eritrograma são avaliados os eritrócitos, a hemoglobina e hematócrito e calculados os índices hematimétricos volume celular médio (VCM), hemoglobina corpuscular média (HCM), concentração da hemoglobina corpuscular média (CHCM) e o índice de anisocitose dos eritrócitos (RDW). Alterações no eritrograma pode revelar patologias do sistema eritropoético como anemias e policitemias. Nas anemias, além da avaliação dos índices hematimétricos, a informação da morfologia dos eritrócitos pode fornecer elementos para o diagnóstico de tipos especiais de anemias como a falciforme, esferocítica, eliptocítica e outras.

 

No leucograma são realizadas as contagens global e diferencial de leucócitos. As céulas são classificadas em diferentes linhagens: neutrófilos, basófilos, eosinófilos, linfócitos e monócitos, segundo suas características morfológicas. O leucograma é um importante auxiliar no diagnóstico das infecções. Leucocitose e desvio à esquerda são dados sugestivos de uma infecção bacteriana em curso. As linfocitoses são encontradas principalmente nas infecções virais agudas. Leucocitose também decorre de proliferação de células precursoras, indiferenciadas, como ocorre nas leucemias. As leucopenias ocorrem em certas infecções, uso de medicamentos e neoplasias.

 

No plaquetograma é feita a contagem total de plaquetas, a determinação da massa de plaquetas (plaquetócrito) e são calculados os índices volume plaquetário médio (VPM) e anisocitose plaquetária (PDW). As plaquetas podem estar aumentadas (trombocitose) em estados infecciosas, anemia ferropriva e doenças mieloproliferativas ou diminuidas (trombocitopenia) em púrpuras, septicemias, leucemias, linfomas, avitaminoses e intoxicações.