Vaginose bacteriana: o que é como prevenir?
Postado em 15/07/22Vaginose bacteriana é uma infecção vaginal muito comum causada por alterações no equilíbrio da flora vaginal (população de bactérias que vive nesta região).
A vaginose bacteriana é caracterizada por um aumento da secreção vaginal, que pode ser de cor branca ou tom acinzentado, ralo e abundante. Normalmente, essa secreção apresenta um forte odor, que pode ficar ainda mais intenso durante a menstruação ou após relações sexuais.
Como prevenir a vaginose bacteriana?
A flora vaginal é um conjunto de microorganismos que habitam a vagina e possuem a função de regular seu pH, umidade e proteger contra infecções.
Entre esses microorganismos, é possível encontrar os lactobacilos, que atuam para manter a acidez da vagina em níveis adequados para manter seu revestimento saudável e prevenir o crescimento de determinadas bactérias anaeróbias.
A vaginose bacteriana, que é considerada a infecção vaginal mais comum, ocorre justamente quando a população de lactobacilos diminui e a quantidade de agentes infecciosos aumenta (como as bactérias Gardnerella vaginalis e Peptostreptococcus, por exemplo).
Portanto, para prevenir a vaginose bacteriana, é importante evitar hábitos que interfiram no equilíbrio da flora vaginal. O uso contínuo de alguns produtos pode causar desregulação e prejudicar a saúde da região genital, tais como:
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Lenços umedecidos;
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Perfumes;
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Protetores diários;
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Sabonetes comuns;
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Calcinha fio dental;
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Duchas vaginais;
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Roupas muito justas e de material sintético.
Pesquisas também apontam que mulheres que têm uma infecção sexualmente transmissível (IST), possuem vários parceiros sexuais e/ou usam um dispositivo intrauterino (DIU) desenvolvem vaginose bacteriana com mais frequência. Entretanto, ela não é uma IST e pode até mesmo atingir pessoas que nunca tiveram relações sexuais.
A higienização adequada também é importante para manter o equilíbrio da flora vaginal. A limpeza da região íntima deve ser realizada a partir da vagina em direção ao ânus, para não ocorrer infecções de bactérias provenientes do intestino.
O mesmo vale para os cuidados com a menstruação, já que a presença de sangue altera o pH vaginal. É importante trocar os absorventes de acordo com a necessidade, porém o intervalo para isso não pode ser superior a quatro horas durante o dia.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é feito a partir de avaliação médica. Para isso, o profissional analisa alguns critérios clínicos, como a coloração e odor do corrimento, nível do pH vaginal e células indicadoras. O exame preventivo, conhecido como papanicolau, também pode contribuir muito para a detecção desse distúrbio. O tratamento consiste no uso de antibióticos.
Na maior parte das vezes, quando tratada adequadamente, a vaginose bacteriana se resolve em poucos dias, mas frequentemente se repete. Em gestantes, pode causar complicações e até mesmo ocasionar parto prematuro, por isso mulheres que estão esperando um bebê devem ficar muito atentas aos sinais dessa infecção.
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