O que significam as siglas PDW e VPM no resultado de um hemograma?

Postado em 14/10/22

O hemograma é um tipo de exame que analisa informações específicas sobre tipo e quantidade de componentes sanguíneos, tais como:

• Hemácias: glóbulos vermelhos encarregados de transportar oxigênio para o organismo;

• Leucócitos: glóbulos brancos que atuam contra infecções;

• Plaquetas: cuidam da coagulação do sangue.

Alterações nesses componentes podem indicar diversas doenças e distúrbios, como leucemia, linfoma, infecções, inflamações, alterações na imunidade, problemas na medula óssea, entre outros.

Alguns termos e siglas presentes nos resultados do hemograma podem levantar dúvidas. É o caso das siglas PDW e VPM, que se referem às plaquetas.

O que significa PDW e VPM?

Em um hemograma, realiza-se a contagem total de plaquetas. A partir dessa contagem, podemos obter os valores relacionados a dois índices:

• Platelet Distribution Width (PDW): é o índice de anisocitose plaquetária e revela a variação entre o tamanho das plaquetas. Ou seja, aponta a diferença de tamanho entre e a menor e a maior plaqueta;

• Volume Plaquetário Médio (VPM): esse índice aponta o volume médio (tamanho) das plaquetas.

Medir o tamanho e volume das plaquetas oferece um importante panorama sobre a saúde. Plaquetas podem formar trombos, o que se torna um fator de risco independente para o infarto agudo do miocárdio (IAM) e para o aparecimento da obstrução arterial coronariana na angina instável.

Já um baixo tamanho e baixo volume pode indicar problemas na medula, que afeta a produção de plaquetas e interfere diretamente na capacidade de coagulação do sangue, o que eleva os riscos de se desenvolver hemorragias.

Os valores de referências para os dois índices são:

• Volume plaquetário médio: 6,00 - 10,00 fL.

• PDW (índice de anisocitose plaquetária): 10,00 - 18,00%.

Ao se deparar com um valor diferente dos demonstrados na referência, é importante buscar orientação médica para entender as causas e, caso necessário, iniciar um tratamento o mais rápido possível. Autodiagnóstico e automedicação trazem sérios riscos à saúde, por isso sempre fale com um especialista antes de qualquer decisão.

É comum que o volume plaquetário aumente com a idade, o que torna os idosos mais suscetíveis a síndromes coronarianas agudas e suas complicações. Isso reforça a importância do hemograma como um exame de rotina, que deve ser realizado todos os anos para acompanhamento da saúde.

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