Notícias - A ciência por trás dos testes de gravidez: como funcionam e porquê são tão confiáveis

A ciência por trás dos testes de gravidez: como funcionam e porquê são tão confiáveis

Postado em 24/06/24
A ciência por trás dos testes de gravidez: como funcionam e porquê são tão confiáveis

Cerca de cinco dias após a fecundação, quando o embrião é implantado na parede do útero, o corpo da mulher inicia a produção de um hormônio chamado gonadotrofina coriônica humana, mais conhecido como hCG. O que os testes de gravidez fazem, seja de urina ou de sangue, é identificar a presença deste hormônio.

A realização dos testes é feita a partir de anticorpos que reagem ao hCG, especificamente com a subunidade β do hormônio, causando uma aglutinação. Se a presença do hCG foi detectada, a indicação é de gravidez. E o índice de precisão é alto, chegando a 99%.

Existem dois tipos de teste capazes de identificar a gravidez:

  1. Teste de urina:

São disponíveis em farmácias para serem feitos em casa mesmo ou em laboratório. Os dois são feitos a partir da urina da mulher e uma tira com anticorpos ao HCG. A indicação de positivo (gravidez) ou negativo (não gravidez) aparece em poucos minutos, conforme indicação disponível na embalagem.

  1. Teste de sangue:

- Quantitativo: Mede a quantidade exata de hCG no sangue. É altamente preciso e pode detectar a gravidez mais cedo do que os testes de urina.

- Qualitativo: Verifica apenas se o hormônio hCG está presente ou não no sangue. Este teste pode confirmar a gravidez cerca de 10 dias após a concepção.

Precisão dos testes:

- Testes de urina: Geralmente são mais precisos se realizados após a data prevista para a menstruação. A primeira urina da manhã pode conter a maior concentração de hCG.

- Testes de sangue: Podem detectar níveis mais baixos de hCG e, portanto, podem confirmar a gravidez mais cedo que os testes de urina.

Para resultados mais precisos, é sempre recomendável seguir as instruções do teste cuidadosamente e, em caso de dúvida ou resultado inconclusivo, consultar um médico.

Obs: Em casos raros, o hCG pode ser produzido por células cancerígenas, normalmente placentárias ou germinativas. Se uma pessoa não grávida apresenta níveis elevados de hCG, os médicos podem investigar a presença de um tumor trofoblástico gestacional ou de um tumor de células germinativas. Outros testes e exames de imagem podem ser realizados para localizar e identificar o tipo de tumor.

É importante lembrar que a presença de hCG elevada não é um diagnóstico definitivo de câncer. Outros testes e avaliações médicas são necessários para confirmar a causa dos níveis elevados de hCG.