Julho Amarelo: Precisamos falar sobre hepatites virais

Postado em 01/07/24

As hepatites virais matam, todos os anos, 1,4 milhões de pessoas no mundo. Os dados são da Organização Mundial de Saúde. Os tipos B e C, em particular, são conhecidos pela capacidade de evoluir para condições crônicas, como a cirrose e o câncer hepático, se não forem diagnosticados e tratados a tempo. Neste Julho Amarelo, queremos reforçar a importância do diagnóstico precoce, que garante tratamentos mais eficazes e evitam complicações da doença.

É importante compreender o que são hepatites virais: inflamações causadas por cinco tipos principais de vírus (A, B, C, D e E). Além da transmissão viral, as hepatites também podem ser provocadas pelo consumo excessivo de álcool, por determinados medicamentos, doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas.

No estágio inicial, a maioria dos tipos são assintomáticos, dificultando o diagnóstico. Em alguns casos, provocam mal-estar, fadiga, dor abdominal, urina escura e fezes claras, icterícia. Os sintomas ficam mais evidentes com o agravamento da doença, por isso a importância de exames regulares, principalmente em grupos de risco (trabalhadores da saúde, usuários de drogas injetáveis, entre outros).

A prevenção é uma das principais estratégias de combate. Para a hepatite A e B, existem vacinas eficazes que são amplamente disponibilizadas. No entanto, ainda não há vacina para a hepatite C, tornando a educação e a conscientização sobre a transmissão e a importância do diagnóstico precoce fundamentais.

Para aqueles que já foram diagnosticados com hepatite C, os avanços na medicina têm proporcionado tratamentos altamente eficazes. Com os antivirais de ação direta, a taxa de cura pode ultrapassar 95%, desde que o tratamento seja iniciado a tempo. No entanto, a falta de diagnóstico impede que muitos recebam o tratamento necessário.

Testes para diagnóstico

Testes de sangue podem detectar a presença de antígenos e anticorpos específicos que indicam uma infecção atual ou passada pelos vírus das hepatites. Além das pessoas do grupo de risco, que devem realizar de forma regular, qualquer pessoa com sintomas sugestivos pode procurar uma avaliação médica e solicitar a realização do exame.

O diagnóstico precoce, além de garantir o cuidado necessário com a sua saúde, reduz também as chances de contaminação, ajudando a controlar surtos e epidemias. Para mais informações sobre os tipos de hepatites, agende uma consulta com médico infectologista.