Fevereiro Laranja: vamos falar sobre leucemia?
Postado em 05/02/21O mês de fevereiro é marcado por duas cores relacionadas à campanhas da área da saúde: a roxa, que representa a luta contra lúpus, alzheimer e fibromialgia, e a cor laranja, que promove a conscientização sobre a leucemia. É justamente sobre o segundo tema que falaremos neste texto!
A leucemia é um tipo de câncer que afeta a formação das células sanguíneas e dificulta a capacidade do corpo de combater infecções. Ela surge quando células da medula óssea, conhecida como tutano do osso, sofrem um tipo de mutação e começam a se multiplicar descontroladamente, tirando assim o lugar de células saudáveis.
É uma doença que tende a atingir cada vez mais pessoas no Brasil: estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que mais de 10.000 casos devem surgir anualmente.
Quais são os tipos de leucemia?
Existem 12 tipos de leucemia. Sua classificação se dá de acordo com as células atingidas e velocidade em que ocorre a divisão celular. Os 4 tipos primários são:
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Leucemia Mieloide Aguda (LMA): atinge as células mieloides e possui um rápido desenvolvimento;
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Leucemia Mieloide Crônica (LMC): atinge as células mieloides e possui um desenvolvimento mais lento;
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Leucemia Linfocítica Aguda (LLA): atinge células linfoides e se desenvolve de forma muito rápida;
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Leucemia Linfocítica Crônica (LLC): atinge células linfoides e possui um desenvolvimento lento.
Nas doenças do tipo crônica, durante o estágio inicial, as células leucêmicas ainda realizam um trabalho semelhante ao dos glóbulos brancos. Ela se desenvolve de forma lenta, e os sintomas iniciais se mostram brandos, mas que se agravam gradualmente.
Por outro lado, nas leucemias agudas, as células não podem cumprir a função das células sanguíneas normais. As células leucêmicas se multiplicam de forma muito rápida e a doença se agrava em um espaço de tempo bastante curto.
Os fatores de risco para desenvolvimento da leucemia, segundo o INCA, são fatores como:
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Tabagismo;
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Benzeno (encontrado na gasolina e largamente usado na indústria química);
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Radiação ionizante (raios X e gama) proveniente de procedimentos médicos (radioterapia);
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Formaldeído: exposição ocupacional em indústrias (química, têxtil, entre outras), área biomédica/saúde (hospitais e laboratórios: antisséptico, desinfetante, fixado; histológico e solvente), além do uso não autorizado pela Anvisa desta substância em alguns salões de beleza (procedimento de alisamento capilar);
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Produção de borracha;
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Síndrome de Down e outras doenças hereditárias;
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Síndrome mielodisplásica e outras desordens sanguíneas;
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Histórico familiar;
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Idade: quanto maior a idade maior o risco de desenvolver leucemia. Exceto a leucemia linfoide aguda, que é mais comum em crianças. Todas as outras formas são mais comuns em idosos;
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Exposição a agrotóxicos, solventes, diesel, poeiras, infecção por vírus de hepatite B e C.
Caso você esteja exposto a algum deles, visite seu médico regularmente e peça orientações sobre exames e outra ações a serem tomadas.Temos à disposição o exame de Imunofenotipagem para Leucemias, caso ele recomende. O exame também pode ser visualizado em nossa loja online. Para qualquer dúvida sobre ele, fale conosco pelo WhatsApp.
Quais são os sintomas apresentados por quem tem leucemia?
Os principais sintomas apresentados por pacientes que enfrentam a leucemia acontecem pelo acúmulo de células anormais na medula óssea, que impedem que as células normais sejam produzidas pelo sangue.
A leucemia pode provocar, por exemplo, a redução de glóbulos brancos, o que gera baixa imunidade e deixa o corpo exposto a uma série de doenças.
Quando há a redução de glóbulos vermelhos, há a condição que chamamos de anemia, que pode gerar fadiga, falta de ar, palpitação, dor de cabeça, etc.
Em casos em que a leucemia afeta o Sistema Nervoso Central (SNC), os sintomas podem incluir dores de cabeça, náuseas, vômito, visão dupla, desorientação, entre outros.
Além de tudo isso, o paciente também pode apresentar gânglios linfáticos inchados, mas sem dor, principalmente na região do pescoço e das axilas; febre ou suores noturnos; perda de peso sem motivo aparente; desconforto abdominal (provocado pelo inchaço do baço ou fígado); dores nos ossos e nas articulações.
Leucemia tem cura?
As leucemias agudas, que são muito graves, possuem chance de cura! As crônicas não possuem cura, mas a medicina oferece formas eficazes de controle. Em alguns casos, a leucemia pode ser curada apenas com quimioterapia, radioterapia, ou outro tipo de tratamento, mas isto não é tão comum. Na maioria, a cura é alcançada através do transplante de medula óssea.
E é justamente este o objetivo do Fevereiro Laranja: conscientizar sobre a importância da doação de medula óssea. Uma das maiores dificuldades do transplante é encontrar um doador compatível, por isso, quanto mais doadores tivermos, maiores serão as chances de encontrar um que seja ideal para o procedimento. Os requisitos são semelhantes aos de doação de sangue.
Você pode encontrar mais informações sobre como se tornar um doador no site do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).
Ajude a campanha do Fevereiro Laranja compartilhando este texto em sua rede social favorita através do ícone dela abaixo para conscientizar mais pessoas que você conhece. Podemos fazer a diferença na luta contra a leucemia se nos unirmos!