Entenda a relação entre vacinação e imunização!

Postado em 05/03/21

Por causa do contexto em que estamos vivendo, a vacinação, que é uma forma de imunização, tornou-se um assunto de grande relevância e que tem gerado muitas dúvidas, principalmente porque o agente responsável pelas doenças também é o principal elemento de combate.

Para sanar qualquer questão sobre o assunto, explicaremos neste artigo como vacinação e imunização funcionam.

Vacinação e imunização: como as vacinas surgiram?

Os primeiros vestígios que temos das vacinas ao longo da história vêm do século X, quando, para enfrentar a varíola, os chineses trituravam cascas de feridas causadas pela doença e assopravam o pó com vírus morto no rosto das pessoas.

Já a vacina no modo como conhecemos deu seus primeiros sinais em 1798, graças ao experimento do médico e cientista inglês Edward Jenner, que ouviu um boato de que trabalhadores da zona rural não pegavam varíola, pois já haviam sido infectados pela versão bovina da doença, que tinha um impacto muito menor sobre o corpo humano. Decidiu testar a teoria e introduziu os dois vírus em uma pessoa, e os resultados foram positivos.

Inclusive, é justamente por causa da Variolae vaccinae, nome científico da varíola bovina, que surgiu o nome “vacina”.

Funcionamento da vacinação como processo de imunização

O sistema imunológico é o responsável por combater infecções e prevenir ocorrência de algumas doenças. Quando há o contato com patógenos, o sistema produz os anticorpos, que são proteínas que previnem ou suavizam a ação de determinadas condições (aliás, você sabia que as alergias acontecem por causa de uma hipersensibilidade do sistema imunológico?).

É aí que entra a vacina!

Ela envia ao organismo uma forma muito enfraquecida do vírus, que ainda está vivo mas não consegue produzir a doença (vacina atenuada); uma fórmula em que o vírus está inativo por agentes químicos ou físicos (vacina inativada); ou fragmentos purificados do antígeno (vacina subunidade). Assim, o sistema imunológico poderá ter seu primeiro contato com a doença e desenvolver defesas sem correr grandes riscos. Assim que o sistema imunológico cumpre sua função e constrói as defesas, o corpo passa a ser imune a ela.

Algumas vacinas atenuadas, que são aquelas em que o agente está vivo, mas enfraquecido, podem até produzir sintomas da doença, mas esta é uma ocasião muito rara.

É por isso que ela é tão indispensável! Além de ajudar a se proteger, a vacinação também evita a transmissão daqueles vírus que precisam de um hospedeiro para viver e continuar infectando, o que contribui para a imunização coletiva. Esse avanço gera redução de internações e diminuição do custo social decorrente da saúde pública.

O desenvolvimento de uma vacina segue altos padrões de exigência de qualidade durante todo o processo. No Brasil, o órgão responsável pela avaliação dos resultados de segurança e eficácia é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que é responsável pela Resolução (RDC) n.55, de 16 de dezembro de 2010, que estabelece os requisitos mínimos para o registro de produtos biológicos.

Para que sejam aprovadas, as vacinas precisam passar por estas fases:

• Fase exploratória ou laboratorial: fase em que moléculas são analisadas para definir a melhor composição da vacina;

• Fase pré-clínica ou não clínica: são realizados testes em animais para comparar com os resultados em testes feitos em organismos não vivos (in vitro);

• Fase clínica: é a etapa em que os testes e investigações em seres humanos começam. Ela é gradual e dividida em outras 4 fases, que vão dos testes iniciais em um pequeno grupo de voluntários até a aprovação e distribuição da vacina.

Somente após esta série de testes é que o produto é liberado e a população passa a ser imunizada com segurança e eficácia.

Agora que você conhece a importância da vacinação e imunização e sabe o quanto ela é segura, que tal mostrar este artigo a outra pessoa que também pode ter dúvidas sobre o tema?

E para mais informações interessantes como esta, nos siga no Instagram!