Conheça as diferenças entre hipotireoidismo e hipertireoidismo!
Postado em 26/03/21Nós já falamos em outro post sobre o que são e quais as funções dos hormônios produzidos pela glândula tireoide. Agora, neste artigo, nos aprofundaremos um pouco mais nos distúrbios associados a eles, chamados de hipotireoidismo e hipertireoidismo, diferenciando cada um.
O que é hipotireoidismo?
O hipotireoidismo é uma condição em que a glândula tireoide não produz a quantidade suficiente de hormônios. Isto pode trazer consequências para a frequência cardíaca, temperatura corporal e metabolismo, por exemplo.
Seus sintomas são variados e podem incluir:
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Cansaço;
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Depressão;
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Sensação de frio;
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Ganho de peso;
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Pele e cabelo secos;
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Constipação;
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Irregularidades menstruais.
É uma condição mais comum em mulheres, especialmente após os 60 anos, e pode ser causada por fatores como:
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Doença tireoidiana primária ou secundária;
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Doença da hipófise;
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Tireoidite autoimune (como a Tireoidite de Hashimoto, que é a causa mais comum);
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Tratamento com iodo radioativo (após cirurgia de câncer de tireoide);
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Radioterapia no pescoço;
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Ressecção parcial ou total da tireoide (tireoidectomia por bócio ou câncer);
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Uso de medicamento (lítio, amiodarona, iodo e antitireoidianose tratamentos);
Entre outros.
O hipotireoidismo é um distúrbio que se divide em tipos. Explicaremos cada um a seguir!
Hipotireoidismo Congênito
O hipotireoidismo congênito pode ser primário, secundário ou terciário.
A versão primária é causada por uma alteração na função ou até na formação da glândula tireoide e pode ser permanente ou transitória. As formas permanentes são mais frequentes e requerem tratamento por toda a vida.
Os tipos secundário e terciário (hipotireoidismo congênito central) são causados quando a hipófise ou o hipotálamo produzem, respectivamente, quantidades insuficientes dos hormônios TSH e TRH. É um tipo mais raro de hipotireoidismo.
Hipotireoidismo Subclínico
Em casos de hipotireoidismo subclínico, a tireoide está doente, mas ainda é capaz de produzir hormônios tireoidianos se estimulada por níveis elevados de TSH. Sendo assim, o paciente possui índices elevados de TSH, mas seus níveis de T3 e T4 ainda estão dentro do aceitável.
Apesar de exigir muitos cuidados e acompanhamento para ser controlado, dados de um estudo publicado pela Revista Saúde demonstram que 25% dos pacientes brasileiros não tratam a disfunção, o que é preocupante.
O que é hipertireoidismo?
Ao contrário do hipotireoidismo, o hipertireoidismo é caracterizado pela produção em excesso dos hormônios tireoidianos (T3 e T4). A sua forma mais suave apresenta poucos sinais e não é tão fácil de diagnosticar, entretanto, sua forma mais grave oferece riscos à vida. É um distúrbio que causa aumento no tamanho da glândula tireoide e sua incidência também é maior sobre mulheres.
Seus sintomas são variados e podem incluir:
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Aceleração cardíaca;
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Nervosismo, ansiedade e irritação;
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Perda de apetite e peso;
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Intestino solto;
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Queda de cabelo e/ou fraqueza do couro cabeludo;
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Fraqueza muscular, especialmente em áreas como braços e coxas;
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Intolerância ao calor ou sudorese excessiva;
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Fadiga;
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Disfunção erétil;
Entre vários outros.
Vale mencionar que ela também pode afetar o ciclo menstrual, fertilidade e gravidez.
São muitas as possíveis causas que podem gerar hipertireoidismo, tais como:
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Doença de Graves (a causa mais comum);
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Bócio;
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Existência de um nódulo tóxico;
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Tireoidite subaguda, silenciosa ou pós-parto;
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Consumo excessivo de iodo;
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Superdosagem de hormônio tireoidiano.
Como você pode notar, apesar de hipotireoidismo e hipertireoidismo serem ambas disfunções causadas por problemas na tireoide, suas características são completamente distintas, incluindo causas e sintomas.
A incidência de hipotireoidismo e hipertireoidismo é mais comum em mulheres.
Tratamentos para hipotireoidismo e hipertireoidismo
O tratamento para as condições varia muito, principalmente porque a escolha é feita de acordo com a causa. As opções variam de controle por medicamentos, utilização de betabloqueadores, ingestão de iodo até ações mais intensas, como intervenções cirúrgicas, e apenas o endocrinologista que acompanha o caso é capaz de oferecer a melhor orientação.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito por exames sanguíneos realizados em laboratório. Os dois mais comuns são o TSH e o T4 Livre que, como já explicamos anteriormente, são hormônios tireoidianos. No exame de TSH, é necessário verificar se as taxas do hormônio não estão elevadas, pois isso pode indicar disfunção da tireoide. Para o T4 Livre, é necessário coletar amostras que estejam em formas livres de ligação com proteínas (daí o nome), pois são os tipos metabolicamente ativos.
Para auxiliar quem precisa realizar os dois exames, nós contamos com um pacote chamado Check-Up da Tireoide disponível em nossa loja virtual.
Mas reforçamos: nenhuma atitude deve ser tomada sem a orientação do endocrinologista. Visite seu médico com frequência!
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