Julho Amarelo: saiba o que são as hepatites virais!
Postado em 09/07/21As hepatites virais são infecções que atingem o fígado e causam alterações leves ou moderadas e, em grande parte das vezes atingem o indivíduo de forma silenciosa (não manifestam sintomas).
São um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, por isso o mês de julho é destinado a promover uma campanha chamada Julho Amarelo, focada em promover maior conscientização popular sobre as hepatites virais. Estima-se que mais de 2 bilhões de pessoas sejam infectadas e cerca de 1 milhão morram todos os anos por causa da doença.
Neste texto, você entenderá melhor o que elas são e como prevenir. Confira!
Julho Amarelo: o que são as hepatites virais?
Toda inflamação que atinge o fígado recebe o nome de hepatite. Uma grande parte delas são causadas por infecção viral e podem ocorrer de forma aguda ou crônica.
Uma característica que levanta preocupações sobre a doença é que é muito comum que seu avanço seja silencioso, sem apresentação de sintomas até que alguma complicação apareça, daí a importância de realizar periodicamente um check-up do fígado.
Apesar disso, nos raros casos em que manifestam sintomas, cada tipo de hepatite viral apresenta os seus de forma distinta. Entretanto, alguns dos mais comuns são:
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Cansaço;
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Febre;
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Mal-estar;
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Tontura;
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Enjoo;
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Vômitos;
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Dor abdominal;
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Pele e olhos amarelados;
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Urina escura e fezes claras.
No Brasil, os tipos mais comuns de hepatites virais são causadas pelos vírus A, B e C. O vírus tipo D também é encontrado, apesar de apresentar menor frequência e ser mais comum na região Norte. O vírus tipo E é bastante raro no país.
Cada tipo tem suas próprias características e precisa ser analisado individualmente.
Hepatite A
Esse tipo de hepatite viral é de transmissão oro-fecal, por água e alimentos contaminados ou contato pessoal com pessoas infectadas. Apresenta maior disseminação em áreas com condições sanitárias e higiene da população precárias.
Hepatite B
É um tipo de hepatite viral transmitida principalmente por via parenteral, sexual e contato com sangue ou hemoderivados. Usuários de drogas injetáveis, recém-nascidos com mães infectadas e pessoas com múltiplos parceiros sexuais são os principais afetados pelo vírus.
Hepatite C
A forma mais comum de transmissão é a parenteral, por exposição percutânea direta ao sangue, hemoderivados ou instrumental cirúrgico contaminado. Ela pode atingir, por exemplo, receptores de sangue e derivados, pacientes de hemodiálise, usuários de drogas injetáveis, pessoas que compartilham agulhas de máquinas de tatuagem e até mesmo profissionais de saúde (por incidência de acidentes pérfuro-cortantes).
Hepatite D
O vírus da hepatite D, também chamado de vírus Delta, é considerado um vírus defectivo, ou seja, não consegue por si só reproduzir seu próprio antígeno de superfície, e precisa que o vírus da hepatite B cumpra função auxiliar. É por isso que ele ocorre mais em áreas em que há grande incidência de casos de hepatite B.
Hepatite E
Sua principal forma de transmissão é através da ingestão de água contaminada. Tanto ele quanto o vírus da hepatite A causam uma infecção benigna que não evolui para a forma crônica. As gestantes constituem as principais vítimas desse tipo de hepatite viral: 20% das que contraem o HEV evoluem para a forma fulminante, fatal em 80% dos casos.
Como se prevenir da hepatite viral
A melhor forma de prevenir as hepatites virais é adotar hábitos que inibem seus fatores de transmissão. Isso inclui ações como:
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Manter uma boa higiene pessoal;
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Lavar com água tratada ou fervida alimentos consumidos crus;
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Cozinhar bem os alimentos;
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Não tomar banho próximo a riachos, chafarizes, enchentes ou locais com esgoto a céu aberto;
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Usar preservativo;
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Não compartilhar nada que possa ter entrado em contato com sangue;
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Realizar os exames de pré-natal.
A vacinação também é uma importante medida de prevenção. A vacina protege contra os tipos A e B (o que faz com que o tipo D também não consiga avançar). Para os demais tipos ainda não há vacina.
O diagnóstico prematuro é a melhor forma de combater qualquer tipo de infecção, por isso as visitas ao médico devem ser regulares. A hepatite C tem cura em mais de 90% dos casos quando o tratamento é seguido corretamente. As hepatites B e D têm tratamento e podem ser controladas, evitando a evolução para cirrose e câncer.
As hepatites A e E são doenças agudas e o tratamento se baseia em dieta e repouso.
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