Afinal, há risco de desenvolvimento de trombose após a vacinação contra Covid-19?

Afinal, há risco de desenvolvimento de trombose após a vacinação contra Covid-19?

Postado em 08/10/21
Afinal, há risco de desenvolvimento de trombose após a vacinação contra Covid-19?

Nos últimos meses, alguns relatos de pessoas que estão evitando a Covishield, vacina da AstraZeneca, têm ganhado força por causa de um possível risco de trombose após a vacinação. A possibilidade realmente existe, mas é muito menor do que as chances de se desenvolver o mesmo quadro ao contrair Covid-19.

Para se ter uma ideia, um estudo publicado pelo British Medical Journal (BMJ) comparou os dados de 29 milhões de pessoas que receberam a primeira dose das vacinas Pfizer-BioNtech ou Oxford-AstraZeneca entre dezembro de 2020 e abril de 2021 com as informações de quase dois milhões de pessoas que testaram positivo para o novo coronavírus.

A conclusão do estudo foi de que o risco de desenvolver uma trombose venosa é quase 200 vezes maior com a Covid-19 (12.614 casos adicionais entre 10 milhões de pessoas) que com a AstraZeneca (66 casos adicionais).

Além disso, uma nota divulgada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçou que os casos são raros e os benefícios do uso das vacinas (a Janssen, vacina da Johnson & Johnson, também está relacionada) superam seus riscos.

Trombose após vacinação: o que é trombocitopenia?

Na nota divulgada pela Anvisa, podemos notar que o órgão menciona que os casos são de trombose em combinação com trombocitopenia (TTS), um tipo bem específico e incomum do distúrbio, associada à queda do número de plaquetas (trombócitos) no sangue.

Ela pode ser silenciosa e não demonstrar sinais ao indivíduo de que sua contagem de plaquetas está baixa, por isso realizar exames de check-up com determinada frequência é muito importante para a detecção deste e outros distúrbios. Entretanto, quando manifesta sintomas, os principais são:

  • Hematomas na pele, com manchas vermelhas ou em tom roxo;

  • Gengivas que sangram;

  • Períodos menstruais com fluxos muito intensos e grande volume de sangue;

  • Urina com sangue;

  • Sangramentos nasais;

  • Sangramento intenso mesmo em cortes pequenos.

É uma condição que aumenta as chances de hemorragia, por isso deve ser vista com atenção. Quando associada à trombose, como é o caso citado aqui, há ainda a formação de um coágulo no sangue (ou trombo) que obstrui ou dificulta a circulação de um vaso sanguíneo. O tratamento varia de acordo com cada caso e deve ser acompanhado por um médico.

Vale mencionar que reações adversas são comuns após a vacinação, mas algumas mais intensas podem ser sinal de que você precisa procurar um médico, como falta de ar, dor abdominal persistente, membros inchados, borrão na visão, confusão mental, ou manchas vermelhas.

Também é importante reforçar que ter tido um problema circulatório no passado não necessariamente é um impeditivo para tomar a vacina.

Por fim, lembre-se de que médicos e autoridades da área da saúde alertam que o risco ao deixar de tomar a vacina é muito maior do que o de ter qualquer tipo de reação adversa grave.

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