Entenda o que é a esclerose múltipla!

Entenda o que é a esclerose múltipla!

Postado em 26/11/21
Entenda o que é a esclerose múltipla!

A esclerose múltipla é uma doença neurológica autoimune, em que o sistema imunológico ataca a mielina, uma camada protetora que envolve os neurônios, e prejudica o envio dos comandos do cérebro para o resto do corpo.

Estima-se que, no Brasil, existam 40.000 casos da doença, uma prevalência média de 15 casos por 100.000 habitantes, segundo dados publicados pela Federação Internacional de Esclerose Múltipla e Organização Mundial da Saúde em 2013.

Quais são os sintomas da esclerose múltipla?

Os sinais e sintomas da esclerose múltipla variam de acordo com seu avanço. Na fase inicial, ela se manifesta de forma sutil, com sintomas transitórios, que podem ocorrer a qualquer momento e duram aproximadamente uma semana. Com a evolução do quadro, os sintomas podem aparecer e desaparecer de forma periódica, ou piorar de forma progressiva.

Os principais sintomas da esclerose múltipla são:

  • Fadiga;

  • Rigidez muscular e espasmos;

  • Dormência ou formigamento em diferentes partes do corpo;

  • Dificuldade em andar;

  • Dificuldade de equilíbrio e de coordenação motora;

  • Problemas de visão, como visão dupla, visão borrada e embaçamento;

  • Incontinência ou retenção urinária;

  • Problemas de memória, de atenção e para assimilar informações.

Alguns dos indícios manifestados por ela se assemelham ao de outras doenças neurológicas, por isso é importante buscar um especialista para conseguir um diagnóstico preciso.

Causas e fatores de risco

A esclerose múltipla costuma afetar pessoas jovens, entre 20 e 40 anos de idade, e é mais predominante entre as mulheres. As causas envolvem predisposição genética combinada com fatores ambientais, tais como:

  • Infecções virais (vírus Epstein-Barr);

  • Baixa exposição ao sol, que leva a baixos níveis de vitamina D no organismo;

  • Tabagismo;

  • Obesidade;

  • Exposição a solventes orgânicos.

A adolescência é uma fase considerada de maior vulnerabilidade a esses fatores ambientais, por isso requer o dobro de atenção. A ressonância magnética, a pesquisa de bandas oligoclonais no líquor e o índice de IgG são exames complementares para o diagnóstico dessa doença.

Durante o processo de diagnóstico, também é importante identificar o tipo da doença, que pode variar entre:

  • Esclerose múltipla remitente-recorrente (EMRR): a forma mais comum, caracterizada por períodos de melhora (remissão) e piora, que podem durar dias, semanas ou anos;

  • Esclerose múltipla secundária progressiva (EMSP): nessa forma, os indivíduos não se recuperam totalmente das crises e podem desenvolver lesões permanentes, como perda da visão ou diminuição da capacidade de andar;

  • Esclerose múltipla primária progressiva (EMPP): caracterizada pela piora gradativa das crises;

  • Esclerose múltipla progressiva com surtos (EMPS): nessa forma, a progressão do processo desmielinizante e o comprometimento de estruturas do cérebro ocorrem de forma paralela, o que causa uma ação mais rápida e agressiva da doença.

Apesar de não ter cura, há tratamento para a esclerose múltipla. Quanto mais cedo começá-lo, menos crises e mais qualidade de vida o indivíduo afetado poderá ter. Por isso, ao identificar qualquer sinal dela, é importantíssimo buscar orientação médica imediata.

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